Não há quem não
conheça a Batalha Naval, tradicional jogo com papel quadriculado e lápis. Mas o
que pouca gente sabe é que ela tem diversas variantes. Algumas até incluem
esquadras que se movimentam durante a partida, ao contrário do que acontece
normalmente. O jogo descrito a seguir, conhecido por Batalha no Atlântico, de
autoria de G.Grawsmays, embora sem esquadras móveis, incorpora elementos com
aviões de reconhecimento, bombas e baterias antiaéreas, variáveis que o tornam
mais interessante.
O primeiro passo é providenciar duas folhas de papel
quadriculado e duas canetas. Ambos os jogadores devem delimitar em suas folhas
duas regiões quadradas de 21x21 quadrinhos. As colunas serão marcada de A a V e
as fileiras, de 1 a 21. numa das regiões – chamadas mares –, o jogador anotará
a posição de seu armamento; na outra, a do seu adversário, conforme dor
descobrindo-a. Cada participante tem uma cota de 160 pontos para gastar com bem
entender. Dizem que uma boa estratégia é gastar entre 60 e 100 pontos na compra
de embarcações e o restante nas outras armas.
Vejamos agora
localização e a atuação de cada uma delas.
Embarcações: pode haver várias do mesmo tipo e elas estarem
dispostas na horizontal ou na vertical, desde que não se toquem, nem mesmo
diagonalmente. Podem encostar nas margens ou nas ilhas.Ilhas: consistem numa área de 3x3 módulos. Podem haver várias, e umas podem encostar nas outras não custam nada.
Aviões de reconhecimento: têm de ser colocados necessariamente sobre as ilhas e porta-aviões, no máximo um em cada quadradinho. Esses são indicados pela letra A . Durante a partida, o jogador pode enviar um de seus aviões para fazer um reconhecimento sobre o mar adversário. Ele espionará uma área de 3x3 quadrinhos que terá como centro qualquer coordenada a sua escolha. Por exemplo, se o jogador mandar um avião para Q-17, o adversário deverá informar, casa a casa, o que há em P-16, P-17, P-18, Q-16, Q-17, Q-18, R-16, R-17 e R-18.Cada avião é usado uma única vez. Logo após, o jogador deve fazer uma marca sobre ele, inutilizando-o para o resto da partida. Os aviões podem ser destruídos pelas baterias antiaéreas, como veremos adiante – situação em que eles são perdidos, sem obter nenhuma informação.
Bombas: também devem ser colocadas sobre as ilhas e porta-aviões, no máximo uma em cada quadradinho. Esses são designados pela letra B. Em qualquer momento da partida, o jogador pode enviar uma dela em direção a qualquer coordenada do mar adversário. Ela destruirá tudo que estiver numa área de 3x3 quadradinhos cujo centro será a coordenada escolhida. O adversário deverá indicar precisamente o que foi destruído, sem contudo especificar em quais casas isso ocorreu. Cada bomba é usada uma única vez e, em seguida, deve ser imediatamente inutilizada, fazendo-se uma marca sobre ela. As bombas podem ser destruídas pelas baterias antiaéreas e, nesse caso , elas não provocam nenhum dano.
Bombas atômicas: designadas por BA, sua localização e utilização são semelhantes às das bombas comuns, porém, provocam estragos maiores. Cada uma destrói uma área de 5x5 quadradinhos cujo centro é a coordenada para a qual foi enviada. Cada jogador pode ter no máximo duas delas. A bomba atômica, ao contrário da comum, não pode ser destruída pelas baterias antiaéreas.
Bateria antiaéreas: indicadas por AA, são instaladas unicamente nas ilhas, uma por casa. Defensivas, destroem um avião ou uma bomba, quando esses são enviados para uma das casas de uma área de 3x3 quadradinhos que tenha como centro a bateria antiaérea. Cada bateria é utilizada uma só vez.
Salva de tiros: funciona como na Batalha naval comum. O atacante diz três coordenadas, e o adversário fala o que foi destruído, incluindo aviões, bombas etc. Após os três tiros, o atacante cancela uma salva em seu estoque de armamentos. O jogo se desenvolve com os adversários alternando-se na posição de atacante. Na sua vez, o jogador pode escolher uma destas alternativas:
a) dar uma salva de três tiros;
b) mandar um avião de reconhecimento;
c) soltar uma bomba comum ou atômica.
Após o defensor dar os resultados, os papéis se invertem, e
assim sucessivamente, até que um dos jogadores destrua todas as embarcações
inimigas. Esse será o vencedor. Se um deles esgotar sua munição antes que o
adversário, o outro continua atacando sozinho. Se ambos esgotarem as munições,
vencerá aquele com mais pedaços incólumes de embarcações.
Revista Super Interessante n° 041
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