sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

...Traições afligem a família real inglesa há mais de 500 anos?

Fábio Marton

Exclusivo: Escândalos na corte
Se você acha difícil acreditar que Charles, filho da rainha Elizabeth II, príncipe de Gales, pai do herdeiro da monarquia mais antiga sobre a face da Terra, esteja envolvido numa conspiração para assassinar a ex-mulher, Diana, devia conhecer Henrique VIII, que reinou de 1509 a 1547. Sua história seria um prato cheio para os tablóides ingleses, se eles já existissem.
Em 1533, Henrique, até então um católico fervoroso, surpreendeu seus súditos ao decretar a Inglaterra fora da área de jurisdição do papado. Tudo para poder abandonar sua mulher e fugir com a empregada. Henrique era casado havia 23 anos com a espanhola Catarina de Aragão e, de seus cinco filhos, apenas uma havia sobrevivido, Mary. Preocupado com a sucessão e desejando ansiosamente um filho homem, o rei conseguiu anular seu casamento para unir-se a Ana Bolena, dama de companhia de Catarina. Ana já estava grávida. Um escândalo.
Henrique foi excomungado pelo papa Clemente VII, fundou sua própria igreja e não parou mais de causar escândalos. Separou-se de Ana Bolena em 1536 e, depois de acusá-la de adultério, mandou executá-la. Voltou a casar-se com Jane Seymour. Em 1540 casou-se outra vez, agora com Ana Cléves, mas anulou o casamento meses depois, para unir-se a Catherine Howard, de 17 anos. A coitadinha acabou executada em 1542. A última esposa da lista de Henrique foi Catherine Parr, que se tornou rainha em 1543 e conseguiu se segurar no trono até a morte do rei, em 1547.
"Maria Sanguinária"
Mary I, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão,  está no rol dos monarcas ingleses que mais renderam fofocas. Seu reinado de cinco anos foi marcado pela tentativa fracassada de restaurar o catolicismo inglês, perseguindo a igreja que seu próprio pai havia fundado. Trezentos anglicanos foram queimados vivos – até a meia-irmã da rainha, que se tornaria a célebre Elizabeth I, ficou dois meses presa na Torre de Londres. Mary morreu sem filhos em 1558, ficando conhecida como Bloody Mary (“Maria Sanguinária”). Ainda hoje, dá nome a uma certa  bebida à base de suco de tomate que, em excesso, pode trazer, como a rainha, conseqüências desastrosas.
Monarquia da fuzarca
• Fofocas e traições estão presentes até mesmo nas lendas do rei Artur, o mitológico precursor da monarquia inglesa. Em versões francesas sobre sua vida, Artur teria sido traído pela mulher, Guinevere, com seu melhor cavaleiro, Lancelot. Além disso, teve com a própria irmã, Morgana, um filho chamado Modred. Pai e filho seriam mortos um pelo outro.
• Charles II (1660 e 1685) – o último Charles antes do atual – teve dezenas de amantes e 14 filhos bastardos, fato que não fazia nenhuma questão de ocultar do público. A disputa pelo cetro real era tão grande que uma de suas amantes chegou a dar purgante para uma rival, para atrapalhar sua noite com o rei. Deu certo: Charles abandonou a parceira incontinente.
• George III (1760-1820) perdeu as colônias da América e terminou seu reinado louco. Dizem as más línguas que perseguia as serviçais pelo palácio de Buckingham nu da cintura para baixo.
• A rainha Vitória (1837-1901), quem diria, não era tão vitoriana quanto parecia. Já viúva, ganhou o apelido de Sra. Brown por um caso com seu assistente pessoal, o escocês John Brown.

Revista Aventuras na História Volume 007

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