Helena Arnoni
Fazer rapel ou se pendurar em um helicóptero faz parte da
rotina dos dublês de ação, que substituem atores em cenas difíceis na TV e no
cinema. Os veteranos garantem que os acidentes são raros. "Existem as
técnicas e os equipamentos, tudo é muito bem calculado", diz o dublê Gui
Bueno, coordenador da equipe No Limits Stunts. Se você é duro na queda, por que
não entrar nessa?Formação
Graduação e pós-graduação:
Não é necessário ter curso superior
Outros cursos:
Existem escolas que ensinam as técnicas usadas. Em São Paulo, há a Águias de Fogo (www.aguiasdefogo.com.br) e a 2SEE (www.gustavoracy.com/2see/pages.php?page=home)
O que se aprende:
Técnicas para simular atropelamentos, lidar com capotamentos, queda de altura, coreografias de luta, alpinismo, rolamento de escadas, salto de carro em movimento e rapel, entre outras coisas.
Trabalho
Área de atuação:
O mais comum é entrar em uma equipe de dublês, um time que pode ser contratado para comerciais, novelas, filmes e eventos
Dia-a-dia:
A gravação de uma cena pode ser antecedida por horas e até dias em que o dublê vai para o set de filmagens e espera pacientemente ser chamado. Às vezes ele nem grava, só ensina um ator a fazer uma cena arriscada.
Situação do mercado:
Deve melhorar com a entrada de produções estrangeiras no Brasil - nosso cinema ainda não usa tanto os dublês como os americanos.
O que vale mais a pena:
A variedade de atividades de um dublê torna o trabalho interessante, nada burocrático e cheio de desafios.
Por que pensar duas vezes:
Por causa da instabilidade. O trabalho é por produção, ou seja, o profissional recebe um cachê e depois pode ficar meses parado. Outro problema são os acidentes, pois o dublê fica sem trabalhar até a recuperação.
Remuneração
Salário inicial: O cachê mínimo por cena é 150 reais
Salário possível após dez anos: Pode chegar a 6 mil reais por mês
Revista Mundo Estranho Edição 26/ 2004
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