quinta-feira, 14 de março de 2013

Como se tornar um dublê?


Helena Arnoni
Fazer rapel ou se pendurar em um helicóptero faz parte da rotina dos dublês de ação, que substituem atores em cenas difíceis na TV e no cinema. Os veteranos garantem que os acidentes são raros. "Existem as técnicas e os equipamentos, tudo é muito bem calculado", diz o dublê Gui Bueno, coordenador da equipe No Limits Stunts. Se você é duro na queda, por que não entrar nessa?
Formação
Graduação e pós-graduação:
Não é necessário ter curso superior
Outros cursos:
Existem escolas que ensinam as técnicas usadas. Em São Paulo, há a Águias de Fogo (www.aguiasdefogo.com.br) e a 2SEE (www.gustavoracy.com/2see/pages.php?page=home)
O que se aprende:
Técnicas para simular atropelamentos, lidar com capotamentos, queda de altura, coreografias de luta, alpinismo, rolamento de escadas, salto de carro em movimento e rapel, entre outras coisas.
Trabalho
Área de atuação:
O mais comum é entrar em uma equipe de dublês, um time que pode ser contratado para comerciais, novelas, filmes e eventos
Dia-a-dia:
A gravação de uma cena pode ser antecedida por horas e até dias em que o dublê vai para o set de filmagens e espera pacientemente ser chamado. Às vezes ele nem grava, só ensina um ator a fazer uma cena arriscada.
Situação do mercado:
Deve melhorar com a entrada de produções estrangeiras no Brasil - nosso cinema ainda não usa tanto os dublês como os americanos.
O que vale mais a pena:
A variedade de atividades de um dublê torna o trabalho interessante, nada burocrático e cheio de desafios.
Por que pensar duas vezes:
Por causa da instabilidade. O trabalho é por produção, ou seja, o profissional recebe um cachê e depois pode ficar meses parado. Outro problema são os acidentes, pois o dublê fica sem trabalhar até a recuperação.
Remuneração
Salário inicial: O cachê mínimo por cena é 150 reais
Salário possível após dez anos: Pode chegar a 6 mil reais por mês

Revista Mundo Estranho Edição 26/ 2004

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