sábado, 9 de março de 2013

Jardins Suspensos da Babilônia


Maria Dolores Duarte
Existência de lugar paradisíaco não foi comprovada até hoje.
Embora seja a mais conhecida das Sete Maravilhas, os Jardins Suspensos da Babilônia talvez nunca tenham existido. “Não há registro da época sobre eles e os achados arqueológicos até hoje não provaram sua existência”, diz o professor de História Antiga da Universidade Federal Fluminense Marcelo Rede. Mas de onde vem a história?
Quando Nabucodonosor assumiu o reino da Babilônia, em 600 a.C., construiu um complexo arquitetônico composto por palácios, templos e muralhas e transformou-o no mais luxuoso de toda a Mesopotâmia (atual Iraque). O esplendor era tanto que pessoas que passavam por lá saíam contando maravilhas – muitas exageradas. Os historiadores gregos Diodoro e Strabo podem ter juntado descrições dos jardins assírios – que tinham animais, plantas exóticas e sistemas de irrigação – com obras de Nabucodonosor quando escreveram sobre os jardins da Babilônia.

Oásis no deserto
Os moradores da cidade iam aos jardins para espairecer.

Camadas protetoras
Para proteger as fundações de barro dos jardins da água dos canais, o sistema de impermeabilização tinha plataformas de pedra na base dos pavimentos cobertas por junco, asfalto, azulejo e folhas de chumbo. Só acima disso tudo era colocada a terra.

Vasos gigantes
As beiradas dos seis patamares dos jardins tinham colunas de 25 a 100 metros. Ocas, elas eram feitas de tijolo cozido e betume, um tipo de asfalto. Lá eram plantadas as árvores de grande porte, como as palmeiras. Ao lado das colunas, mais vegetação e topiarias – esculturas feitas em árvores e arbustos.

Jardim zoológico
O local é tido como a origem dos jardins botânicos e zoológicos por abrigar uma enorme diversidade de plantas – de palmeiras e macieiras a plantas medicinais –, bichos exóticos como faisões, cervos e pavões e até animais selvagens como leões e javalis, que ficavam em jaulas.

Torre de babel
Se os Jardins Suspensos existiam mesmo, tinham visão privilegiada da Torre de Babel – esta, sim, teve parte de sua base encontrada em escavações. Construída por Nabucodonosor, era um zigurate, espécie de templo-torre muito comum na região.

Super-regador
Os jardins tinham um canal especial que desviava a água do rio Eufrates. Da base, ela era elevada por um sistema de roldanas e baldes até uma piscina no topo. De lá, seguia por uma série de pequenos canais por toda a estrutura.

A vida é bela
A função principal dos jardins era embelezar a cidade. As pessoas iam até eles para passear e usavam as bancadas e mesas para banquetes ao ar livre. O próprio Nabucodonosor, segundo historiadores, frequentava o local com suas esposas.

Aventuras na História n° 043

Nenhum comentário:

Postar um comentário