Maria
Dolores Duarte
Existência
de lugar paradisíaco não foi comprovada até hoje.Embora seja a mais conhecida das Sete Maravilhas, os Jardins Suspensos da Babilônia talvez nunca tenham existido. “Não há registro da época sobre eles e os achados arqueológicos até hoje não provaram sua existência”, diz o professor de História Antiga da Universidade Federal Fluminense Marcelo Rede. Mas de onde vem a história?
Quando Nabucodonosor assumiu o reino da Babilônia, em 600 a.C., construiu um complexo arquitetônico composto por palácios, templos e muralhas e transformou-o no mais luxuoso de toda a Mesopotâmia (atual Iraque). O esplendor era tanto que pessoas que passavam por lá saíam contando maravilhas – muitas exageradas. Os historiadores gregos Diodoro e Strabo podem ter juntado descrições dos jardins assírios – que tinham animais, plantas exóticas e sistemas de irrigação – com obras de Nabucodonosor quando escreveram sobre os jardins da Babilônia.
Oásis no deserto
Os moradores
da cidade iam aos jardins para espairecer.
Camadas
protetoras
Para
proteger as fundações de barro dos jardins da água dos canais, o sistema de
impermeabilização tinha plataformas de pedra na base dos pavimentos cobertas
por junco, asfalto, azulejo e folhas de chumbo. Só acima disso tudo era
colocada a terra.
Vasos
gigantes
As beiradas
dos seis patamares dos jardins tinham colunas de 25 a 100 metros. Ocas, elas
eram feitas de tijolo cozido e betume, um tipo de asfalto. Lá eram plantadas as
árvores de grande porte, como as palmeiras. Ao lado das colunas, mais vegetação
e topiarias – esculturas feitas em árvores e arbustos.
Jardim
zoológico
O local é
tido como a origem dos jardins botânicos e zoológicos por abrigar uma enorme
diversidade de plantas – de palmeiras e macieiras a plantas medicinais –,
bichos exóticos como faisões, cervos e pavões e até animais selvagens como
leões e javalis, que ficavam em jaulas.
Torre de
babel
Se os
Jardins Suspensos existiam mesmo, tinham visão privilegiada da Torre de Babel –
esta, sim, teve parte de sua base encontrada em escavações. Construída por
Nabucodonosor, era um zigurate, espécie de templo-torre muito comum na região.
Super-regador
Os jardins
tinham um canal especial que desviava a água do rio Eufrates. Da base, ela era
elevada por um sistema de roldanas e baldes até uma piscina no topo. De lá,
seguia por uma série de pequenos canais por toda a estrutura.
A vida é
bela
A função
principal dos jardins era embelezar a cidade. As pessoas iam até eles para
passear e usavam as bancadas e mesas para banquetes ao ar livre. O próprio
Nabucodonosor, segundo historiadores, frequentava o local com suas esposas.
Aventuras na
História n° 043
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