Além do carbono 14, pode-se usar o potássio 40 - com meia-vida de 1,25 bilhão de anos - ou o urânio 238 - com 4,47 bilhões de anos -, além de muitos outros elementos radioativos. Para medir, nos fósseis, a quantidade desses elementos e dos que eles originam por radiação, os cientistas utilizam um aparelho chamado espectrômetro de massa, que permite descobrir a massa atômica dos elementos químicos presentes. Essa técnica, porém, não deverá funcionar corretamente no futuro, dentro de alguns milhões de anos - isso porque, a partir da década de 1940, a explosão de bombas atômicas, a realização de testes nucleares e os acidentes em usinas atômicas causaram modificações na radioatividade do planeta que farão esse método de datação perder sua referência- base.
A variação na massa atômica do carbono permite calcular a idade de organismos mortos há dezenas de milênios.
1. Combinado com o oxigênio do ar, o carbono 14 radioativo forma gás carbônico.
2. O carbono 14 - assim como o carbono 12 - é absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese.
3. Os animais se alimentam das plantas, fazendo o carbono 14 entrar na cadeia alimentar.
4. A proporção de carbono 12 e 14 nos seres vivos permanece constante durante toda sua vida.
5. Após a morte, porém, essa proporção começa a ser alterada pela radioatividade.
6. A cada 5 730 anos, metade do carbono 14 presente nos restos mortais vira carbono 12. Esse período de tempo - chamado de meia-vida - serve de referência para determinar a idade do fóssil.
7. Depois de descobertos, os fósseis têm de ser levados a um laboratório, onde as massas de carbono 12 e 14 podem ser identificadas com precisão e usadas no cálculo final.
8. O aparelho que detecta a massa atômica exata de cada elemento químico encontrado no fóssil é o espectrômetro de massa. Com esses números na mão, fica fácil calcular a idade.
Revista Mundo Estranho Edição 2/ 2001
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