O termo "feira" surgiu em português porque, na semana da Páscoa, todos os dias eram feriados - férias ou feiras - e os mercados funcionavam ao ar livre. Com o tempo, a Igreja católica baniu os nomes pagãos dos dias da semana, oficializando as feiras. O domingo, que seria a primeira feira, conservou o mesmo nome por ser dedicado a Deus, fazendo a contagem iniciar-se na secunda-feria, segunda-feira. O sábado foi mantido em respeito à antiga tradição hebraica. Apesar da oposição do Vaticano, as designações de origem pagã sobreviveram em todo o mundo cristão, menos no que viria a ser Portugal, graças ao apostolado de São Martinho de Braga (século VI), que combatia o costume de "dar nomes de demônios aos dias que Deus criou".
A sexta-feira era consagrada à deusa do amor na mitologia greco-romana. Agora, imagine-a em plena corte de Versalhes! É o que parece sugerir a típica pintura neoclássica francesa chamada O Toalete de Vênus (1751), de François Boucher.
Revista Mundo Estranho Edição 2/ 2001
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