Simplesmente pelo contorno dos continentes e por linhas
imaginárias que cortam a porção líquida do planeta. "A delimitação dos
oceanos é totalmente arbitrária. Não há acidentes geográficos, como montanhas
ou vales submersos, nem separações por correntes marítimas que sejam usados
para qualquer tipo de divisão", afirma o oceanógrafo Joseph Harari, da
USP. Seguindo essas regras, a maioria dos pesquisadores reconhece a existência
de três grandes oceanos no mundo: o maior deles é o Pacífico, que ocupa 179
milhões de quilômetros quadrados entre a América e a Ásia. O segundo é o
Atlântico, cuja superfície de 106 milhões de quilômetros quadrados separa a
borda leste da América do oeste da África. O menor é o oceano Índico, com seus
75 milhões de quilômetros quadrados confinados entre a África, o subcontinente
indiano e a Oceania.
Alguns oceanógrafos, entretanto, ainda apontam a existência
de dois outros oceanos: o Polar Ártico, no norte do planeta, e o Polar
Antártico, circundando todo o continente gelado ao sul. Se não existe nenhum
consenso, o máximo que se pode afirmar é que cada oceano possui algumas
características que os diferenciam. "O Pacífico é o que mais influi no
clima global. O Atlântico é o único em que o calor do Sol que aquece a água se
transfere por correntes marítimas que vão do hemisfério sul para o norte. E o
Índico é o que concentra as águas mais quentes e salinas da Terra", diz o
físico Edmo Campos, também da USP.
Revista Mundo Estranho Edição 17/ 2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário