sábado, 13 de outubro de 2012

Oxigênio extra não ganha jogo


Pesquisa revela que mesmo recebendo oxigênio puro, nos intervalos das competições, os atletas não conseguem melhorar seu desempenho, pois a capacidade do organismo em absorver o gás é limitada.
É cada vez mais frequente nos Estados Unidos um atleta receber oxigênio puro nos intervalos das competições, na esperança de recuperar-se rapidamente da fadiga. Pura perda de tempo descobriram os médicos. Eles pediram aos integrantes de um time de futebol que se exercitassem até a exaustão. Depois, metade do time recebeu oxigênio puro durante quatro minutos, enquanto a outra metade aspirou pela mascara o próprio ar ambiente. Analisando em uns e outros a frequência cardíaca e as taxas sanguíneas de ácido lático – o sinal químico dos músculos cansados -, os pesquisadores verificaram que não havia nenhuma diferença.
“A capacidade de absorver o gás limita no organismo, daí não adianta receber doses extras”, explica o fisiologista gaucho Eduardo De Rose do Comitê Olímpico Internacional. Segundo ele, os americanos reeditaram um modismo dos anos 50, quando os vestiários de estádios como o Maracanã foram equipados com balões de oxigênio puro. Mais tarde, foram desativados ao se perceber que os jogadores se recuperavam da mesma maneira simplesmente caminhando em volta do campo.

Revista Super Interessante n° 026

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