Cabines automatizadas
dos aviões comerciais restringem ação dos pilotos.
Os sistemas eletrônicos que substituíram o terceiro homem —
o engenheiro de vôo — nas cabines dos jatos comerciais de última geração, como
o Boeing 757, o MD-80 e os Airbus 310 e 320, não provocam apenas entusiasmo mas
também "fortes reservas" por parte dos pilotos que os utilizam. A
conclusão é de um recente estudo da agência espacial americana NASA, baseado em
entrevistas com 201 desses aviadores de elite. De acordo com a pesquisa, para
muitos deles a automação “talvez tenha
ido longe demais'', podendo tornar os pilotos “complacentes” e assim
comprometer a segurança do vôo.Paradoxalmente, pelo menos metade dos entrevistados queixaram-se de que os controles computadorizados fizeram aumentar a carga de trabalho, por exemplo, durante os preparativos para o pouso. O excesso de serviço nessa fase crítica do vôo resulta da necessidade de realimentar o computador cada vez que a torre de controle do aeroporto modifica suas ordens — o que é frequente em áreas de tráfego aéreo intenso. Nessas horas, um bom número de pilotos simplesmente tende a reverter aos comandos manuais. O estudo prevê que as futuras gerações de sistemas eletrônicos serão mais “centradas no homem”.
Revista Super Interessante n° 026
Nenhum comentário:
Postar um comentário