O implante de silicone é feito por meio de uma cirurgia
simples, que dura cerca de uma hora e tem apenas anestesia local. O médico faz
uma pequena incisão e usa essa abertura nos tecidos para colocar na paciente
uma prótese de silicone, um derivado de petróleo em forma de gel e que fica
embalado por uma membrana resistente e maleável. A prótese é posicionada entre
as glândulas mamárias e o músculo peitoral. Algumas horas depois da cirurgia, a
paciente já pode receber alta. O tamanho das próteses pode variar entre 95 e
600 mililitros, embora na maioria dos casos a quantidade fique entre 200 e 300
mililitros de silicone. A definição quanto a isso não depende só do desejo da
paciente, mas também do bom senso. "Para ser natural é preciso considerar
o tipo físico da mulher", diz o cirurgião plástico Marcus Vinícius do
Santos.
Na hora de discutir com as pacientes o tamanho da prótese,
os médicos alertam que é necessário levar em conta a dimensão do tórax de cada
pessoa e também a harmonia entre os novos seios e os quadris. Pouca gente
presta atenção nesse detalhe, mas é importante lembrar que a colocação de
silicone não é um procedimento definitivo, pois a prótese precisa ser trocada
após um período entre 15 e 20 anos. Na hora de decidir por um implante também devem
ser pesados outros fatores. Para quem tem maior propensão ao câncer de mama, a
cirurgia pode não ser muito recomendável. "O implante não atrapalha o
auto-exame de mama, mas ao fazer um ultra-som é mais difícil detectar um
tumor" diz Marcus Vinícius. Hoje em dia o preço de uma plástica desse tipo
pode variar entre 5 mil e 9 mil reais, dependendo do profissional que fizer o
trabalho.
Diferenças palpáveis
Desconfie dos seios muito grandes que vencem facilmente a
lei da gravidade.Com as novas tecnologias, os seios turbinados estão cada vez mais idênticos aos normais. As próteses de hoje possuem, por exemplo, membranas texturizadas, que as deixam mais naturais ao toque. Mas ainda assim há várias diferenças perceptíveis:
• Seios muito grandes e ainda assim bastante firmes? Desconfie. Em geral, os seios maiores sempre tendem a cair um pouco.
• Se a intimidade permitir, o teste também pode ser feito na base do toque: se os seios estiverem muito durinhos, provavelmente a mulher tem uma prótese, especialmente se for alguém acima dos 40 anos.
• Quando a mulher deita, os seios naturais tendem a cair um pouco para os lados. Já os siliconados não saem do lugar.
• Algumas turbinadas confessam um detalhe estranho: os seios novos às vezes fazem um som próprio, como se a prótese estivesse se posicionando e houvesse ar dentro dos seios.
Caminhos alternativos
Na cirurgia podem ser
usados três tipos de corte por onde a prótese será colocada.
SEM VESTÍGIOS
A incisão no meio da
axila tem a vantagem de ocultar bem a cicatriz. O problema é a grande distância
entre a posição desse corte e o local onde ficará a prótese, o que provoca um
trauma maior na hora da sua colocação, exigindo um pós-operatório mais cuidadoso.
RAPIDINHA
O pequeno corte na parte inferior do seio é um procedimento
bastante utilizado. Tecnicamente é a opção que permite a cirurgia mais rápida.
O problema é que a qualidade da cicatriz pode variar muito, tornando a técnica
inadequada para quem tem dificuldades de cicatrização.
OPÇÃO POPULAR
A maioria das
cirurgias é feita com um corte no limite entre a pele e a aréola do seio, o que
ajuda a camuflar a cicatriz. Essa técnica garante o pós-operatório mais tranquilo.
O inconveniente é que há casos em que ocorre uma diminuição da sensibilidade
areolar.
Revista Mundo Estranho Edição 17/ 2003
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