Nos tribunais, o teste nunca é aceito como prova definitiva e já foi demonstrado que muitas pessoas não passam nele, mesmo dizendo a verdade.
As armas do teste
Um computador mostra as variações no corpo.
Computador
Convertidas em sinais digitais, as várias medições transformam-se em gráficos na tela de um computador. Cada cor corresponde a uma das três variáveis.
Pneumógrafos
Dois tubos de borracha cheios de ar passam em volta do tronco do examinado. Qualquer mudança na respiração ou no movimento dos pulmões é detectada.
Galvanômetros
Presos na ponta dos dedos da mão, esses sensores metálicos medem a condutividade elétrica da pele. A umidade produzida pelo suor nos dedos aumenta essa condutividade.
Medidor de pressão
Semelhante ao dos médicos, mede a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos.
1 - A maior parte dos testes trabalha com três tipos de pergunta: as relevantes, as irrelevantes e as de controle. As irrelevantes, como "você tomou café da manhã?", são apenas para confundir e dar ritmo ao teste.
2 - As perguntas relevantes são as que o examinador quer realmente investigar. Um exemplo, no caso de uma empresa testando seus empregados, seria: "Você está entregando informações confidenciais para o concorrente?"
3 - O segredo está nas perguntas de controle. São perguntas que praticamente ninguém poderia responder "não" sem mentir, como: "Você já teve atração sexual por alguém casado?" O examinador tenta levar o examinado a mentir para medir suas reações.
4 - Se as alterações na respiração, transpiração etc. forem maiores nas perguntas de controle do que nas relevantes, o examinado passa no teste. Se forem maiores nas perguntas relevantes, não passa.
5 - Neste segundo caso, o examinador faz um interrogatório pós-teste, em que confronta o examinado, mostra o resultado do polígrafo e tenta colocá-lo contra a parede. O objetivo é obter uma confissão, pois o teste não tem valor jurídico.
6 - Organizações como a americana Anti-Polygraph ensinam truques para driblar o teste. O segredo é identificar as perguntas de controle e, ao mentir nelas, provocar alterações mais fortes no organismo. Como? Mordendo discretamente a língua ou respirando um pouco mais rápido, por exemplo.
Revista Mundo Estranho Edição 11/ 2003
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