É o uso de diversas tecnologias digitais para criar a ilusão
de uma realidade que não existe de verdade, fazendo a pessoa mergulhar em
mundos criados por um computador. Ela começou a se desenvolver em várias áreas
diferentes a partir dos anos 70. Alguns dos primeiros usos foram em simuladores
de vôo, que ajudavam a treinar futuros pilotos. O uso da expressão realidade
virtual, porém, só apareceria por volta de 1989, em artigos do americano Jaron
Lanier, um visionário que, além de cientista da computação, é compositor e
artista plástico. Muita gente acredita que a realidade virtual só serve para
joguinhos de computador ou brincadeiras imitando o filme Matrix. Na verdade,
ela tem aplicações práticas importantes em indústrias, na ciência e no
treinamento de pessoas para atividades de risco.
Por meio dela,
engenheiros conseguem testar projetos de automóveis e aviões antes de gastar
dinheiro fazendo protótipos. Projeções semelhantes são usadas em simulações de
batalhas, nas pesquisas de engenharia genética e até no estudo da previsão do
tempo. A maior parte das imagens que criam essas realidades virtuais não são
filmadas ou fotografadas, e sim montadas em modelos 3D de computação gráfica,
técnica que aparece em filmes como Toy Story. Mesmo com todo esse avanço ainda
há muito a explorar nessa área nos próximos anos. "A tecnologia está bem
longe de permitir uma imersão em um mundo virtual que explore mais a fundo os
cinco sentidos humanos", afirma o engenheiro Marcelo Zuffo, da
Universidade de São Paulo (USP).
Revista Mundo Estranho Edição 11/ 2003
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