Nesse estágio, que dura meia hora e se repete até cinco vezes por noite, os músculos estão completamente relaxados e o corpo está pronto para sonhar. O curioso é que durante o sono REM qualquer estímulo aos sentidos pode transformar o sonho. Uma borrifada de água pode trazer pesadelos com uma tempestade, por exemplo. "Mas como estamos em um outro grau de consciência não lembramos do que ocorre, a não ser que despertemos. Eu mesmo já atendi o telefone enquanto dormia. Pela manhã, podia jurar que nem tinha falado", diz Sérgio. O mesmo vale para os sonâmbulos, capazes de proezas como abrir os olhos, bater um papo-cabeça e até fazer uma boquinha na geladeira enquanto dormem. Mas, no dia seguinte, não se lembram de nada. Nessa situação, todos os sentidos estão ativos, mas em outro mundo que não o dos acordados.
Desligada, mas nem tanto
Estímulos externos podem acordar as pessoas e mudar o rumo dos sonhos.
VISÃO
Apesar de as pálpebras estarem fechadas, um estímulo visual muito intenso, como um flash de máquina fotográfica, pode despertar o dorminhoco. Se ele não acordar, pode ser que sonhe com o Sol ou alguma situação em que haja luminosidade intensa.
AUDIÇÃO
Podemos ouvir tudo ao redor, mas o barulho se torna o que os médicos chamam de ruído branco - ou seja, um som neutro que não atrapalha o sono. Quando alguém adormece em ambiente barulhento, com a TV ligada, por exemplo, ocorre o contrário: se acabar o ruído, a pessoa pode despertar.
OLFATO
Não existem muitos estudos sobre o papel do olfato durante o sono, mas sabe-se que a região do sistema nervoso central responsável por ele é estimulada quando algum cheiro mais forte é exalado. Mas é difícil chegar ao ponto de despertar uma pessoa.
PALADAR
Se um alimento amargo for colocado na boca do dorminhoco, o gosto ruim desencadeará um reflexo que o fará expelir aquilo. Como o paladar continua recebendo estímulos, a pessoa pode até sonhar que está comendo algo ruim.
TATO
Sempre alerta aos estímulos externos, o tato é considerado o sentido que permanece mais ativo. Quando alguém dorme em cima de um objeto, por exemplo, a dor percebida pode interferir na qualidade do descanso. A pessoa pode até continuar dormindo, mas a soneca será ruim.
Revista Mundo Estranho Edição 11/ 2003
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