Há cerca de trinta anos, desde que os astrônomos começaram a
buscar sinais de civilizações extraterrestres, se discute a melhor estratégia
para contornar uma colossal dificuldade: os ETs podem dar sinais de vida ao
alcance dos radiotelescópios terrestres em qualquer direção e a qualquer hora.
Cientistas soviéticos acabam de sugerir que se tire vantagem de um grande
evento cósmico, como a explosão de uma estrela de grande massa, ou supernova,
para dirigir a busca.
O raciocínio é o seguinte: a explosão em geral é tão
brilhante que pode ser vista em qualquer ponto da Via Láctea; logo, uma eventual
civilização inteligente na mesma periferia da Galáxia onde está o Sol, mas numa
região mais externa, enxergaria a supernova 1987. A, cuja explosão foi
percebida da Terra há dois anos. Se desejasse se comunicar, é possível que essa
civilização apontasse seus transmissores para o centro da Via Láctea, na
suposição de que outros seres inteligentes estariam observando o fenômeno – e
assim haveria uma razoável probabilidade de que recebessem os sinais. Apostando
nisso, astrônomos australianos e argentinos há mais de um ano prestam atenção
nos sinais do espaço na rota da supernova.
Revista Super Interessante n° 020
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