Por volta do ano 2 d.C., o unicórnio era descrito no bestiário grego Physiologus - uma coleção de mitos sobre animais e plantas - como um ser forte e puro, que só uma virgem podia capturar. Essa lenda pode ter ajudado a transformá-lo definitivamente em ícone de castidade. Durante a Idade Média, essa imagem de pureza se espalhou pela religião cristã. "Na cultura medieval, o unicórnio aparece relacionado à Virgem Maria, fecundada pelo Espírito Santo. Ele é símbolo da penetração do divino", diz a historiadora Yone de Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É claro que os unicórnios nunca existiram de verdade, mas a sua imagem pode ter sido inspirada em um animal real. Há 1 milhão de anos, um antílope pré-histórico que habitava a Terra tinha dois chifres tão próximos no centro da cabeça que pareciam um só.
Revista Mundo Estranho Edição 10/ 2002
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