Na linguagem musical, a palavra latina “opus” (obra) é
utilizada para registrar e classificar peças musicais, quaisquer que sejam
elas. A cada composição atribui-se um número de opus que obedece a uma ordem
cronológica. Dessa forma, quanto maior for o número, mais tarde a obra foi
composta. “Por meio dele é possível identificar, dentro da obra de um
compositor, o período em que determinada peça foi criada”, afirma o maestro
paulista Jean Reis. Esse tipo de classificação surgiu em meados do século 16,
mas seu uso só se intensificou no século 17, quando as editoras venezianas
passaram a utilizá-la.
Já o termo “rapsódia” aparece com o Romantismo, no século
19, e é utilizado para classificar as composições que não seguem uma estrutura
fixa. Nesse estilo de composição, a emoção criativa é usada para transformar
sentimentos em música. “No período Clássico da literatura, havia o soneto, uma
forma rígida de composição. No Romantismo, o poema perdeu a forma fixa, mas
manteve o ritmo, os versos, as idéias – a essa liberdade poética podemos chamar
de rapsódia”, diz Jean. Dentre os autores que utilizaram a rapsódia, se
destacam o precursor Beethoven e George Gershwin – autor de Rhapsody in Blue.Curiosidades
A nomenclatura WoO – abreviatura de “Werk ohne Opuszahl” (obra sem número de opus) – é geralmente utilizada para as obras que nunca foram publicadas ou catalogadas pelo compositor ou organizador. Beethoven, por exemplo, tem cerca de 200 obras numeradas com WoO.
Aventuras na História n° 026
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