Ladrões de linhas
Falsários preferem agir nas proximidades dos aeroportos.
1. Clonadores gostam de agir perto de aeroportos. Como nem
sempre a tecnologia digital das operadoras é igual, elas mantêm canais
analógicos para as pessoas usarem os telefones fora de suas cidades. Quando
você desembarca em outra cidade e liga o celular, ele fica por algum tempo
conectado às redes analógicas.
2. O simples fato de o celular ser ligado nessa situação
(mesmo sem realizar chamadas) faz ele se conectar à antena mais próxima. Isso
abre uma brecha para o clonador, pois é muito mais fácil penetrar no sistema de
transmissão por ondas da rede analógica que no sistema binário (sequências de 0
e 1) da rede digital.
3. Normalmente o clonador monta seu "escritório"
em alguma casa ou sala próxima do aeroporto. Lá, ele instala um scanner de
ondas e um rádio receptor de multi frequência para "fisgar" a
transmissão analógica. Os dois equipamentos ficam conectados a um computador.
4. Com o scanner e o rádio, o falsário captura uma frequência
de ondas pela qual trafega o sinal do celular da vítima. Esse sinal capturado
tem o código do aparelho, o número, o registro e outros dados usados pela
operadora para calcular a conta.
5. A codificação do aparelho é guardada no computador e
depois transferida para um celular "frio" em geral,
um aparelho roubado. A clonagem é feita em qualquer celular sem linha, desde
que ele seja da mesma tecnologia (TDMA, CDMA ou GSM) do aparelho que teve o sinal
roubado. Certas tecnologias, porém, são mais seguras como a GSM.
6. O aparelho-clone pode ligar para qualquer lugar e é usado
por quadrilhas de sequestradores e interessados em ligar para
"disque-sexo", entre outros fins. Como ele usa a codificação do
celular clonado, os débitos vão para a conta do proprietário real, que percebe
que foi vítima de um golpe quando abre a próxima fatura.
Disque-prevenção
Existem alguns truques para dificultar a vida dos clonadores.
Desligue seu celular perto de aeroportos e rodoviárias.
Deixe para acioná-lo apenas quando estiver distante desses lugares.
Se não puder
desligá-lo, programe o aparelho para usar uma rede digital em vez de deixá-lo
buscar automaticamente uma analógica. Todos os celulares têm esse recurso.
Confira mensalmente sua conta para ver se há chamadas para
números estranhos. Existem clonadores que roubam apenas algumas dezenas de
reais por mês.
Para não contribuir com esse crime, ao comprar um aparelho
usado, veja se ele não é roubado, checando se não há registro no Cadastro
Nacional de Estações Móveis Impedidas (Cemi).
Revista Mundo Estranho Edição 30/ 2004
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