Banquete costumava acabar em orgia.
Quanto maior o império, maiores as festas que a nobreza e os
aristocratas ofereciam. O que dizer sobre o Império Romano, um dos maiores de
todos os tempos? Tamanho era o gosto deles por jantares luxuosos e festas, que
costumavam evoluir para orgias, que alguns políticos resolveram a baixar leis
para moderar a farra. Uma delas, a Antia Lex, do século 1, limitava os gastos
com essas comemorações e instituía que os magistrados só poderiam jantar fora
se fosse na casa de determinadas pessoas. Claro, ninguém obedeceu. Acabou
sobrando para o autor, Antius Resto. Segundo o filósofo Macrobius, como todos
continuavam com suas orgias, para não contrariar a própria lei ele nunca mais
foi visto jantando fora.Outro bom exemplo da paixão romana pelos banquetes é personificado por Marcus Gavius Apicius. Amante da boa vida, gastava verdadeiras fortunas em seus jantares. Entre suas extravagâncias, adorava língua de flamingo e nunca servia couve – chegou a dizer ao filho do imperador Tibério que era “comida de pobre”.
RSVP
A melhor forma de demonstrar poder era oferecer jantares.
Vai rolar a festa
Um aristocrata podia medir seu prestígio com o número de
jantares e festas ao qual era convidado. Ser convidado para os jantares certos,
como os organizados pelo general Lucius Lucullus (110-56 a.C.), também era uma
honra. Melhor que isso, só mesmo oferecer o jantar.
Traje a rigor
Vestir a toga era um privilégio masculino que escravos ou
mulheres não usufruíam. Elas vestiam a stola, vestido de linho recoberto com a
palla, um manto. Outras maneiras de elas ostentarem: penteados inusitados e
jóias, muitas jóias.
Paladar exótico
Um bom festim chegava a ter sete pratos. Na abertura,
peixes, ostras marinadas e pratos exóticos, como línguas de passarinho (uma
porção tinha cerca de mil). O prato principal era uma carne. E as sobremesas
eram frutas ou tortas feitas à base de geléia e mel.
Sem indigestão
O mais marcante no salão eram os tricliniuns, leitos com
encosto para comer e beber – só pobres e escravos comiam sentados. Quem queria
realmente esbanjar utilizava pratos de porcelana vindos da China.
Dança erótica
Além da lira, a música era tocada com chitara e tambores
vindos do Egito ou castanholas da Espanha. Com ela, a orgia também começava. O
cordax, por exemplo, era uma dança grega, altamente erótica, que despertava as
paixões.
Prato principal: escravos
Quanto mais escravos, melhor. Eles serviam para trocar os
potes de água quente para os convidados limparem as mãos, espantar moscas ou
como objeto sexual. Luxo era designar que alguns com uma tocha levassem os
convidados para casa.
Cardapius tipicus
Iguarias exóticas constavam do menu de uma típica festa
romana.
Entradas
• Mariscos e ovos
• Mamas de porco recheadas com ouriços-do-mar salgados
• Pasta de miolos com leite e ovos
• Cogumelos cozidos com molho de peixe gordo apimentado
Pratos principais
• Gamo selvagem assado com molho de cebola, arruda, tâmara
de Jericó, uva passa, azeite e mel.
• Outras cozidas com molho doce
• Flamingo cozido com tâmaras
Sobremesas
• Fricassê de rosas em pastel
• Tâmaras secas recheadas com nozes e pinhões, cozidas em
mel
• Bolos quentes africanos de vinho doce com mel
• Frutas
Aventuras na História n° 048
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