Faz bem, sim. Apesar da energia que o nosso corpo gasta com
o ato sexual, com a produção de espermatozóides e com o ciclo reprodutivo da
mulher, o investimento compensa (confira os principais benefícios na ilustração
ao lado). Do ponto de vista evolutivo, pode-se dizer que só transamos porque o
sexo faz bem. De acordo com o psicólogo John Tooby, da Universidade da
Califórnia, nos Estados Unidos, a reprodução sexuada só existe na espécie
humana - e em várias outras - porque garante a nossa sobrevivência. Se não
trocássemos genes uns com os outros, seríamos um prato cheio para os micróbios,
entre outras ameaças. A variação genética impede que uma doença causada por um
único vírus, por exemplo, acabe com toda a raça humana. Se transar traz
benefícios, ficar só na vontade por muito tempo pode prejudicar a saúde.
"A falta de sexo traz conseqüências para o homem. Ocorre um efeito
conhecido como blue balls, no qual os testículos ficam doloridos devido ao
acúmulo de líquidos. E, se a abstinência não for um ato deliberado, também pode
trazer efeitos psicológicos negativos, como depressão e ansiedade", afirma
o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de
Sexualidade. Já o excesso de rala-e-rola não chega a fazer mal. "Só há
problema quando isso se torna o foco das ações no cotidiano", afirma a
psicóloga Iracema Teixeira, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade
Humana. Agora que você já sabe que o sexo é um remédio natural e prazeroso, só
não vá esquecer de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis e
contra uma gravidez indesejada.
Bula do prazer
Sexo seguro ajuda a prevenir doenças como o câncer de
próstata e reduz o risco de infarto.
Cabeça no lugar
O sexo libera endorfina e serotonina no cérebro. Esses
neurotransmissores reduzem o estresse e a depressão e, de quebra, ajudam a
regular o sono. Uma vida sexual ativa aumenta a auto-estima e previne contra
distúrbios psicológicos em geral.
Haja coração
O hábito de fazer sexo três ou mais vezes por semana reduz
pela metade o risco de infarto em homens. O aumento da atividade cardíaca
durante o ato sexual melhora a irrigação e a oxigenação do corpo, dificultando
o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos.
Clínica de beleza
Mulheres com mais atividade sexual apresentam maiores níveis
do hormônio estrógeno, que é essencial para manter a pele macia e brilhante.
Além de auxiliar no tratamento de pele, esse hormônio ajuda a combater a
osteoporose e o mal de Alzheimer.
Antibiótico de graça
Quem tem uma vida sexual ativa mantém o sistema imunológico
sempre alerta. Uma pesquisa recente provou que fazer sexo uma ou duas vezes por
semana aumenta em 30% o nível de imunoglobulina A, um tipo de anticorpo
encontrado nos sistemas digestivo e respiratório.
Contra o câncer
A ejaculação elimina elementos cancerígenos que se acumulam
no fluido seminal. Isso reduz a incidência de câncer na próstata, uma das
maiores causas de morte entre os homens. Só não vale esquecer a camisinha, pois
sem ela pode ocorrer infecções que aumentam em 40% o risco de câncer.
Malhação total
Pélvis, coxas, tórax, pescoço, braços, pernas, barriga,
nádegas. O sexo trabalha a musculatura de todas essas partes do corpo. Mas,
antes de cancelar a academia, saiba que um ato sexual queima, em média, 150
calorias, o equivalente a apenas 20 minutos de caminhada.
Faro aguçado
Logo após o ato sexual, ocorre a produção de prolactina.
Pesquisas realizadas com roedores, ainda não comprovadas em testes com humanos,
mostram que esse hormônio estimula a área do cérebro responsável pelo olfato.
Analgésico natural
"Hoje não, amor. Estou com dor de cabeça." Essa
desculpa já não cola mais. Até porque o orgasmo tem um poderoso efeito
analgésico. No ápice da relação sexual há uma forte descarga de endorfinas na
corrente sanguínea. Essas substâncias ajudam a combater a dor.
Revista Mundo Estranho Edição 30/ 2004
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