Celso Miranda
Em O Vaticano e Hitler (Martins Fontes), o historiador
neozelandês Peter Godman, professor da Universidade de Roma, defende o Vaticano
e Pio XII das acusações de silenciar diante das atrocidades nazistas da Segunda
Guerra. Para tanto, baseia-se, principalmente, em documentos do mandato de seu
predecessor, Pio XI, que analisam e criticam a ascensão de Hitler na Alemanha.
De uma forma enviesada e protocolar, o autor alinha argumentos em defesa do
bispo germanófilo Alois Hudal,
simpatizante da causa nacional-socialista e que ajudou nazistas a deixar a Europa depois da guerra.
Trecho do livro
"Por que a Igreja Católica não levantou a voz contra as
crueldades do racismo, a brutalidade do totalitarismo e a repressão à liberdade
no Terceiro Reich? Será que o notório silêncio – por parte de Roma – em relação
aos nazistas abalou a autoridade moral da Igreja? Tais questões não foram
levantadas de modo imparcial. Marcada pelo tempero da especulação, a polêmica
centrou-se no ‘papa de Hitler’, Pio XII (1939-1958), permanecendo ignorado o
fato de que, na década de 1930, muito antes de esse homem sagrar-se papa, a
Santa Sé preparara um condenação dos
erros morais e doutrinais do nacional-socialismo."
Aventuras na História n° 047
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