domingo, 12 de fevereiro de 2012

No rastro da peste

Fabio Marton

A peste bubônica, doença que disputa com a malária o pódio da maior assassina de todos os tempos, originou-se no Egito antigo, concluiu um estudo da arqueóloga Eva Panagiotakopulu, da Universidade de Sheffield, Inglaterra. Como a praga foi relatada na China pouco antes que na Europa e seu rato transmissor é originário da Índia, sempre se acreditou que havia surgido na Ásia e foi transmitida até a Europa por caravanas medievais de comércio de seda.
Especialista no estudo de insetos em ruínas arqueológicas, Eva achou vestígios de pulgas e ratos em escavações da antiga cidade de Amarna, no Egito. Segundo ela, ratos das margens do Rio Nilo, que invadiam casas durante cheias, infectaram os ratos pretos, que chegavam da Índia em navios mercantes e voltavam levando a praga ao resto do mundo. Eva apóia-se também num papiro de 1500 a.C., que descreve uma epidemia com sintomas semelhantes à peste, como bulbos com pus. A doença, após aparecer em focos isolados no Império Bizantino (atual Turquia) do século 6, atacou os europeus em 1347, matando 25 milhões de pessoas em cinco anos.

Revista Aventuras na História n° 010

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