O que uma adolescente judia, que passou dois anos escondida dos nazistas, tem a ver com um ex-chefe de Estado do país mais importante do planeta? Tanto Anne Frank quanto George Herbert Walker Bush, mais conhecido como George- pai, nasceram num 12 de junho. Anne, se estivesse viva, seria mais nova: veio ao mundo em 1929; Bush, em 1924. Mas não é só a data que une a vida dessas duas personalidades. Assim como Anne Frank, George Bush tinha o costume de escrever diários. Lá, ambos falavam sobre seus sofrimentos, mas também faziam questão de ser bem-humorados. Anne contava casos engraçados que passaram em seus esconderijos, e George- pai, as gafes com os outros presidentes do planeta. O diário de Anne Frank virou um livro com tradução para 67 línguas, publicado depois de sua morte num campo de concentração. Já os diários e as cartas do ex-presidente viraram uma autobiografia – cá entre nós, muito menos lida.
Anne e Bush também têm sua vida ligada pelo nazismo, embora de forma diversa. A adolescente e sua família foram perseguidas e sofreram nas mãos dos agentes de Hitler. George Bush, por outro lado, deve parte de sua fortuna a eles: seu pai, Prescott Bush, dirigia um banco que mantinha negócios com figurões nazistas. Assim, enquanto o pequeno George morava em um casarão, Anne escondia-se atrás da empresa do pai, onde ficava em silêncio o dia todo para não ser achada. Lá, sua distração era sonhar em ser escritora – planos que os alemães tornaram póstumo.Revista Aventuras na História n° 010
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