Foram os egípcios que descobriram, antes da era cristã, uma
semelhante que deixava seus degustadores com a pele bronzeada, mesmo sem a luz
direta do sol. Agora, o principio ativo dessa planta torna-se modelo para o
desenvolvimento de drogas ativadas pela luz. As pesquisas começaram há vinte
anos, mas são as tecnologias de fibras óticas e de laser medicinal que estão
lançando uma nova luz ao ataque a certos tipos de tumores. Ao contrario da
radiação ou da quimioterapia, as drogas fotoativadas matam somente as células
cancerosas e deixam as saudáveis intactas. A razão é que essas drogas
permanecem impregnadas nos tumores; enquanto os tecidos normais as eliminam
depois de dois dias.
Na verdade, os remédios fotoativados são substancias – como
um componente inofensivo da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue – que,
expostas à luz, liberam uma forma tóxica de oxigênio, destruindo as células. O
oncologista Sérgio Simon, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, prefere
esperar mais testes antes de comemorar: “Essa ainda é uma realidade distante,
mas quando se fala em tratar o câncer tudo é bem-vindo”
Tiro ao alvo sem erro
A droga ativada pela luz é absorvida tanto pelas células
normais quantos pelas cancerosas. Mas as células cancerosas retém a droga com
maios rapidez. Após dois dias, ela só permanecerá nessas mesmas células. Um
tira de laser faz a droga liberar uma forma tóxica de oxigênio, que, portanto,
só destruirá as células cancerosas.
Revista Super Interessante n° 024
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