A data foi estabelecida em 1889 pela Segunda Internacional
Socialista, um congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos
socialistas e sindicatos de toda Europa. Ao escolher 1º de maio como Dia do
Trabalho, os participantes desse encontro prestaram uma homenagem aos operários
dos Estados Unidos. É que, três anos antes, os americanos organizaram uma
gigantesca campanha por melhores condições de trabalho, fazendo mais de 1 500
greves em todo o país. Uma das principais reivindicações era a garantia da
jornada de oito horas diárias, pois na época alguns operários trabalhavam até
14 horas por dia. Chicago se tornou um dos principais centros de protestos e
uma das manifestações na cidade terminou em tragédia. "A polícia reprimiu um movimento de forma violenta,
ocasionando a morte de quatro operários.
Esses fatos ocorreram no dia 1º de maio de 1886,
passando essa data a simbolizar a luta dos trabalhadores", afirma o juiz
Pedro Paulo Teixeira Manus, professor de Direito do Trabalho da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). Após a Segunda Guerra, na União Soviética, as
passeatas comemorativas e os desfiles realizados no dia 1º de maio tornaram-se
importantes eventos políticos. Mas a data nunca foi reconhecida em países como
Estados Unidos e Canadá, por causa de sua associação aos movimentos de
esquerda.
Revista Mundo Estranho Edição 15/ 2003
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