Os profetas tecnológicos que vislumbram o fim do papel
quando o computador entrou em cena erraram feio. Não só a papelada circulante
não foi substituída pelos sinais eletrônicos das telas, como a qualidade de
impressão melhorou graças à Informática. Para estreitar ainda mais essa
convivência surge um papel que fala a linguagem do computador – o papel
digital. Saído dos laboratórios ingleses, sua espessura é inferior a 30
micrometros (30 milionésimos de metro).
O papel digital é feito de quatro camadas: a primeira, de
poliéster, serve como suporte; a segunda é de metal, a terceira é feita de um
polímero e a última é uma camada transparente de proteção. A informação é
gravada por um raio laser infravermelho
na terceira camada e lida por outro laser mais fraco. O processo é semelhante
ao disco ótico, com a vantagem de o papel ser mais flexível. Uma bobina de
papel digital com 30 centímetros de diâmetro e 35 centímetros de largura é
capaz de armazenar informações contidas em 1 bilhão de folhas datilografadas. A
única limitação do papel é o tempo do acesso à informação: 30 segundos, mil
vezes mais lento que um disco ótico.
Revista Super Interessante n° 024
Nenhum comentário:
Postar um comentário