Desde que inventaram o videocassete, o cinema mudou-se para
a casa dos espectadores. No ano passado, com o lançamento do vídeo Walkman,
tornou-se possível assistir a filmes numa telinha do tamanho de um maço de
cigarros, até andando pela rua. O terceiro episódio da série cinema em
miniaturas portáteis promete ser o Private Eye, projetado por uma companhia
americana. Parecido com um par de óculos, o Private Eye se ajusta à cabeça como
um fone de ouvidos. Em frente a um dos olhos fica a pequena tela.
As imagens, por enquanto só em preto e vermelho, parecem
flutuar alguns centímetros adiante do espectador, não na telinha, pois o outro
olho continua enxergando o ambiente ao redor. Embora os inventores não revelem
como o aparelho funciona, deduz-se que seja semelhante a um televisor, em que o
canhão de elétrons e a tela fluorescente foram substituídos por diodos
emissores de luz (LEDs) e espelhos. A companhia pretende fazer do Private Eye
uma ferramente de trabalho, seja como monitor para minúsculos computadores,
seja como telefax portátil sem papel.. Mas a longo prazo é bem provável que a
imagem para um olho só sirva ao lazer, levando a televisão e o cinema a lugares
antes inimagináveis.
Revista Super Interessante n° 024
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