Teoricamente, é possível, sim, porém arriscadíssimo. Há
casos de mulheres sem útero que engravidaram, mas em geral elas perderam o
bebê. O homem submetido a essa estranha experiência também teria dificuldades
de sobreviver. O que não seria problema é a fecundação do óvulo pelo
espermatozóide, que poderia ser feita num laboratório. Depois, o embrião seria
transferido para um espaço na região abdominal entre vários órgãos do futuro
papai. Para aumentar as chances de crescimento do feto, o ideal seria escolher
um homem castrado, porque ele produziria pouca testosterona, hormônio masculino
que é inadequado para o bebê. O "grávido" teria ainda que receber uma
alta dose de hormônios femininos. Mesmo nessas condições, o parto seria
perigoso. "A placenta provavelmente se fixaria no rim, fígado ou outro
órgão abdominal e a hemorragia na hora da cesariana poderia ser fatal",
diz o ginecologista Abner Lobão, da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp).
A criança também correria sérios riscos de morte, pois
poderia ter deformações físicas gravíssimas, além de grandes chances de
apresentar problemas pulmonares e de desenvolvimento.
Revista Mundo Estranho Edição 15/ 2003
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