Porque eles têm um apurado senso de equilíbrio, que lhes
permite fazer movimentos rápidos e girar o corpo para cair sobre as quatro
patas. Para executar esse invejável malabarismo, o bichano conta com a grande
sensibilidade dos receptores vestibulares que integram o labirinto, uma
estrutura na parte interna do ouvido responsável pelo equilíbrio. Sempre que o
gato está numa posição desconfortável, ocorre um aumento de pressão na região,
o que funciona como um alerta. Essa mensagem, somada às que são captadas pela
visão do animal, é enviada para o sistema nervoso central, que a interpreta e
manda vários sinais elétricos para o aparelho locomotor, principalmente os
músculos. Estes, então, realizam uma série de movimentos instintivos, que fazem
o corpo do animal recuperar o equilíbrio. "O primeiro movimento é a
rotação da cabeça na direção da posição
correta, seguida da rotação da porção superior do corpo.
Por fim, há a rotação da parte inferior", diz o
veterinário Gelson Genaro, especialista em felinos da USP de Ribeirão Preto
(SP). Além do gato, outros membros da família Felidae, como leopardos e
jaguatiricas, também são capazes da mesma proeza.
Revista Mundo Estranho Edição 15/ 2003
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