Em 1946, com o fim Segunda Guerra Mundial e a incapacidade do Império Britânico de manter sua principal jóia colonial, a Índia encontrava-se diante de uma encruzilhada. Os tradicionais líderes do hinduísmo, a religião predominante do país, disputavam com os muçulmanos, grupo cada vez mais numeroso e influente, a liderança do processo de independência.
Ao mesmo tempo, o comunismo vitorioso em outros países da Ásia, como a China e as repúblicas soviéticas, surgia como a terceira via, principalmente entre os sudras – a mais baixa casta hindu –, também chamados de “impuros”. Sem poder votar, entrar em templos e escolas ou exercer a maioria das profissões, muitos converteram- se ao budismo e ao islamismo. Outros, ao comunismo.Em agosto de 1946, tantas divergências acabariam em uma onda de conflitos que resultou em 15 mil indianos mortos. No ano seguinte, a divisão do país seria inevitável. A Índia conquistaria a independência e os muçulmanos ficaram com Paquistão. Até hoje, os direitos dos sudras permanecem limitados.
Revista Aventuras na História n° 009
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