Helena Arnoni
A vida desse profissional não é fácil: antes mesmo de o jogo
começar, a torcida já xinga a mãe dele... "O melhor árbitro é aquele que
erra o menos possível. Não tem jeito de não errar, isso não existe", diz o
vice-presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo,
Márcio Campos Sales. Se você quer dar cartão vermelho para as profissões
tradicionais, experimente esta aqui!Formação
Graduação e pós-graduação:
Não é necessário ter curso superior
Outros cursos:
Há escolas ligadas às federações estaduais de futebol que habilitam os interessados em ser juiz ou bandeirinha.
O que se aprende:
Regras do jogo, outros idiomas, noções de preparação física, redação de súmulas e relatórios, psicologia do esporte...
Trabalho
Área de atuação:
Dá para trabalhar só no futebol amador (campeonatos de clubes, associações etc.) ou ser ligado a uma federação estadual. Nesse caso, começa-se apitando torneios de categorias de base (infantil, juvenil), depois partidas da terceira, quarta divisão; só após alguns anos de experiência é possível trabalhar em jogos de primeira linha.
Dia-a-dia:
É preciso chegar com horas de antecedência ao estádio para cumprir a parte burocrática: preencher súmula e vistoriar o campo. Em no máximo quatro horas após o fim da partida, o árbitro entrega um relatório sobre o jogo.
Situação do mercado:
A procura pelos cursos tem sido grande, inclusive entre as mulheres. Como o número de jogos, nas diversas categorias, é elevado, há muito serviço.
O que vale mais a pena:
A oportunidade de trabalhar com o futebol, mesmo sem ter habilidade para ser um bom jogador, e a possibilidade de viajar pelo Brasil e outros países.
Por que pensar duas vezes:
É um trabalho solitário e com datas e horários irregulares. Como a atividade não é regulamentada, muitos árbitros têm outros empregos.
Remuneração
Salário inicial: Em São Paulo, cerca de 150 reais por jogo nas categorias de base.
Salário possível após dez anos:
Um árbitro de nível internacional ganha 2 500 reais por partida.
Revista Mundo Estranho Edição 27/ 2004
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