Sim, por incrível que pareça é verdade. A Fifa conta hoje
com 204 filiados, contra 191 da Organização das Nações Unidas (ONU) e 202 do
Comitê Olímpico Internacional (COI). Mas como uma simples entidade esportiva
arranjou mais países que uma organização geral, aberta a todas as nações, até
àquelas que não gostam de futebol? Bem, aí os cartolas internacionais tiveram que
usar um pouco do famoso "jeitinho brasileiro". É que em 1974 a Fifa
passou a ser presidida pelo nosso compatriota João Havelange, que adotou uma
estratégia radical de conquistar novos filiados. Valia até mesmo atrair membros
que não eram exatamente reconhecidos como países.
Hoje, por exemplo,
entre os 204 filiados, há as Ilhas Faroe, uma possessão da Dinamarca, e a
Palestina, que oficialmente não é um país. Ilhas Turks e Caicos, Montserrat,
Ilhas Cook, Samoas Americanas e Macau também são outros membros que disputam as
competições da entidade máxima do futebol, mas que não participam da ONU.Mas não foi só com "seleções lado B" que a Fifa levou vantagem. Até 2002, a Suíça, que já foi sede de Copa do Mundo (em 1954), não era filiada à ONU- por uma decisão política, para preservar a tradicional neutralidade do país.
Fundada em 1904, pelos franceses Jules Rimet e Robert Guérin e pelo holandês Wilhelm Hirschmann, a Fifa completa este mês 100 anos de vida. E a grande festa vai acontecer no próximo dia 20 de maio, com um amistoso imperdível entre Brasil e França.
Revista Mundo Estranho Edição 27/ 2004
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