O físico César Evora
descobriu que sensores de fibras óticas poderiam prevenir desastres, se fosse
possível embuti-los, com peles artificiais, na estrutura de pontes, viadutos,
aviões e sistemas de canalização de gás.
A idéia é digna de prêmio: assim como sensores na pele
alertam o cérebro quando algo anormal se passa com o corpo, sensores de fibras
óticas poderiam prevenir desastres, se fosse possível embuti-los como peles
artificiais, na estrutura de pontes, viadutos, aviões e sistemas de canalização
de gás. Essa rede seria capaz de transmitir informações sob a forma de pulsos
de luz- a exemplo do que já ocorre nas telecomunicações – com o auxilio de
computadores, que interpretariam os sinais como um aviso de falhas, ou de
variações de temperatura ou de estresse na estrutura. Engenheiros americanos já
conseguiram transformar a idéia em fato, ao instalar sistemas desse tipo para
medir a temperatura em turbinas de helicópteros. “Em construções mais
complexas, ainda restam problemas a resolver” analisa o físico César Évora,
coordenador da área de fibra ótica da Telebrás, em Campinas. “As fibras têm de
aderir perfeitamente ao material para que o menor sobressalto seja registrado.
E isso por enquanto não foi conseguido.”
Revista Super Interessante n° 035
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