Adriana Marmo
Critério de beleza já mudou muito.
Na Pré-História, mulheres com seios fartos e ancas bem
definidas eram as prediletas dos homens. Suas formas mostravam que eram bem
alimentadas e capazes de gerar filhos sadios. Mas o conceito de beleza foi
fundamentado muito depois, com os gregos. Para eles, belo era tudo o que
equilibrava proporção e simetria. A forma ideal do corpo feminino, porém, mudou
muito de lá para cá.
Século 8
Barriga, sim!
Quanto mais barriguda, mais bonita. Valia até colocar
enchimento sob a roupa para aumentar a região. Numa época em que a Igreja
exercia enorme poder, o ventre saliente estava relacionado à gravidez imaculada
da Virgem Maria.
Século 15
Gordinha sexy
No Renascimento, as gordinhas eram as mais belas. A
opulência, sinônimo de saúde, virou moda depois de a peste negra ter eliminado
quase dois terços da população européia no fim da Idade Média.
Século 17
Cintura de pilão
A partir do Barroco, o ideal de beleza feminina foi exigindo
formas frágeis. A cintura, o maior objeto de desejo, foi afinando cada vez mais
à custa de espartilho e até de cirurgia para remoção da última costela. No fim
do século 19, o corpo perfeito tinha cintura de 40 cm.
Nos 20
Peito achatado
A emancipação feminina pôs fim aos espartilhos. O belo eram
as silhuetas cilíndricas – cintura, seios e quadris parecidos nas medidas. As
mulheres enrolavam faixas sob a roupa para achatar seios e quadris.
Anos 40
Mulher macho
A Segunda Guerra Mundial exigiu a força do trabalho feminino
e o ideal de beleza se adaptou: passou a compreender formas mais
masculinizadas. Entram em voga ombros largos, como os que tinha a atriz Joan Crawford.
1947
Forma voluptuosa
O lançamento da coleção do estilista Christian Dior em 1947
é uma espécie de celebração à vida depois dos horrores da guerra. A cintura
afina e as formas são como as de Marilyn Monroe.
Anos 60
Muito magra
A magreza da modelo Twiggy e seus traços de boneca tornam-se
as características mais desejadas pelas mulheres. Começa aqui o sonho de ser
eternamente jovem. Com o movimento hippie, também passa a ser moda ter um corpo
sem curvas e com os seios pequenos.
Anos 80
Corpo sarado
A simbologia do corpo musculoso, como o de Madonna, é ela
poder enfrentar os homens no mercado de trabalho e defender-se da violência. Os
homens querem músculos torneados para espantar o fantasma da aids, que deixava
os soropositivos muito magros.
Fim dos anos 80
Tipo top model
As modelos Linda Evangelista, Cindy Crawford, Claudia
Schiffer e, no Brasil, Luiza Brunet trazem de volta o padrão de beleza
clássico. Além de belas, a aparência do corpo é saudável – e elas têm curvas.
Anos 90 e 2000
Anorexia e silicone
A modelo Kate Moss surge com a aparência heroína- chic e
determina que todas sejam absolutamente magras. A anorexia cresce entre as
adolescentes. Mas as mulheres querem seios grandes, conseguidos com silicone. O
padrão atual é Gisele Bündchen.
Aventuras na História n° 046
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