É um abutre encontrado nas planícies e nos desertos do
continente africano, numa vasta área delimitada por países como Eritréia,
Sudão, Tanzânia e Guiné. Ele atende pelo nome científico de Gyps rueppellii e
já foi visto voando a incríveis 11 278 metros. Você pode estar se perguntando:
mas que maluco conseguiu flagrar a ave nessa altitude? Simples: um desses
abutres colidiu, no dia 29 de novembro de 1973, com um jato comercial que
passava sobre Abidjan, na Costa do Marfim. O Gyps rueppellii pesa até 6,5
quilos e tem uma envergadura de 2,4 metros. Graças à grande abertura de suas
asas, ele consegue planar durante horas e pegar correntes de ar quente que o
levam sempre para cima. A ave, chegada a uma boa carcaça, tem uma excelente
visão e é capaz de encontrar objetos de até 15 centímetros distantes a 2 500
metros! Outro recordista de vôo nas alturas é o ganso-indiano (Anser indicus),
capaz de atingir 9 mil metros. Ele já foi avistado voando acima do monte
Everest, que alcança a marca de 8 848 metros. Os gansos-indianos passam o
inverno no nordeste da Índia, ao nível do mar, e migram para os lagos do
Tibete, onde chocam seus ovos. No meio do caminho, precisam atravessar a
gigantesca cordilheira do Himalaia e por isso voam tão alto. Para suportar a
falta de oxigênio do ar rarefeito das grandes altitudes, essas duas espécies de
aves têm um metabolismo acelerado, que produz muita energia em pouco tempo.
Além disso, seus aparelhos respiratórios permitem que elas tenham ar nos
pulmões o tempo todo.
Revista Mundo Estranho Edição 29/ 2004
Nenhum comentário:
Postar um comentário