Da forma como são usadas hoje, as duas palavras costumam ser
empregadas no sentido de Estado. "Os impérios são grandes, enquanto os
reinos geralmente estiveram associados à idéia de dimensões territoriais
menores. A figura de imperador se reveste de maior importância que a de
rei", afirma o historiador Newton Barbosa de Castro, da Universidade
Federal de Juiz de Fora. A questão da extensão territorial é relevante, mas
talvez a diferença mais importante entre os dois conceitos seja outra: o rei
governa seu próprio povo, enquanto o imperador é soberano de outros povos,
conquistados não só pela força, mas também pelo poder econômico ou pela
eficiência diplomática. Dentro de um império, podem coexistir várias etnias
diferentes, unificadas por uma única administração e submetidas a uma mesma
autoridade. Por isso, normalmente um reino é uma entidade
político-administrativa mais estável, enquanto o império se caracteriza por uma
constante tentativa de expansão. Um bom exemplo para diferenciar os dois
conceitos é o do reino inglês. Com a conquista de territórios fora da
Grã-Bretanha a partir do século 16, ele passaria a ser chamado de Império
Britânico. Isso até perder quase todas as suas últimas colônias no século 20 e
voltar a ser apenas um reino.
Revista Mundo Estranho Edição 28/ 2004
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