sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A fuga mais famosa de Alcatraz


Danila Moura
Como três ladrões de banco escaparam da prisão mais segura do mundo.

Construída em 1934, a prisão federal de Alcatraz, apelidada de A Rocha, abrigou os mais perigosos criminosos americanos do seu tempo. Cravada na ilha de mesmo nome, na Califórnia, Estados Unidos, foi construída para que ninguém conseguisse fugir. Mas, em 11 de junho de 1962, os ladrões de bancos Frank Morris e John e Clarence Anglin burlaram o sistema de segurança. Não se sabe se eles chegaram em terra firme. A polícia desistiu das investigações décadas depois e os declarou mortos. Mas os corpos nunca foram achados.
A prisão de Alcatraz foi fechada em 1963. Seu alto custo de manutenção não a viabilizava: por volta de 10 milhões de dólares mensais, mais que o dobro da média do sistema prisional. A solução foi investir em novas detenções. Em 1973, ela foi aberta para visitação do público, com passeios monitorados.

A grande escapada
Só havia oito horas para fugir, entre as contagens das 9h da noite e 5h da manhã.

1. Parede apodrecida
Os presos cavaram a parede das celas por sete meses com colheres. Para esconder o buraco, fizeram grades falsas com papel. Na fuga, foi só tirar a grade e passar pelo buraco.

2. Tubo de ventilação
Os buracos nas celas davam acesso aos dutos de ventilação, que levavam ao teto. A barra de proteção havia sido cortada com uma furadeira feita com um ventilador roubado da sala de música.

3. Pela chaminé
O trio chegou ao telhado da prisão sem nenhum susto. Nenhum dos vigilantes armados com fuzis que estavam nas seis torres os viu, as luzes não os focalizaram e eles conseguiram descer de lá pela tubulação de água externa.

4. Pulando a cerca
Eles pularam uma cerca de arame farpado e foram para o mar, com os botes e coletes feitos com capas de chuva. Para despistar os guardas, deixaram cabeças feitas com páginas de revista e com cabelo de verdade em suas camas.

5. Fora de vista
Soprando, os três encheram os botes e entraram nas geladas águas da baía batendo perna. A falta dos presos só foi sentida às 5h da manhã, durante a contagem do dia seguinte.

Esquema espartano
Presos ficavam sozinhos e eram vigiados por câmeras até no subsolo

Isolado do mundo
Cada um dos 260 prisioneiros ficava sozinho na cela. As visitas eram controladas – no máximo duas por mês. Acusados de indisciplina iam para a solitária – lá, ficavam pelados no escuro. Banho, só frio e dois por semana. Havia 12 contagens por dia.

À prova de fuga
A baía de São Francisco, que cerca Alcatraz, tem águas geladas (cerca de 7 graus) e com fortes correntes marítimas. A geologia da ilha também dificultava as fugas. Ela é basicamente uma pedra gigante, à prova de escavações.

Aventuras na História n° 037

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