sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Rota da Seda é reaberta


Giedre Moura
Passagem entre Índia e China volta a funcionar após 44 anos.

Por ela circularam Gêngis Khan e Marco Polo. Circulou a peste, o budismo e o islamismo. E, claro, a seda, a preciosa mercadoria chinesa que surgiu em 2000 a.C. Foi o tecido que deu nome a uma das rotas de transporte e imigração mais conhecidas da humanidade. Com 7mil quilômetros que ligam o Ocidente ao Oriente, da antiga capital chinesa de Xian ao mar Mediterrâneo, a Rota da Seda teve um trecho entre a Índia e a China reaberto em 6 de julho.
Essa passagem estava fechada havia 44 anos. Ela está localizada a mais de 4mil metros de altitude, em Nathu La, na China. Sua reabertura vinha sendo negociada pelos países há três anos. A interrupção ocorreu em 1962, após uma guerra entre os dois. O conflito acabou com um armistício no mesmo ano, mas a fronteira permaneceu fechada ao comércio. “Com o fechamento, a exportação entre a China e a Índia tornou-se muito mais longa e demorada, pois passou a ser feita por vias marítimas”, diz Dru Gladney, historiador e antropólogo do Centro de Estudos Asiáticos da Universidade do Havaí. Uma das grandes expectativas das autoridades chinesas é que a reabertura da Rota da Seda auxilie no desenvolvimento da região tibetana, uma das mais pobres do país. Antes da guerra das fronteiras, Nathu La movimentava quase 80% de todo o comércio entre a Índia e a China.

Aventuras na História n° 037

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