Cientistas usam
congelamento de esperma para garantir a sobrevivência de espécies animais
ameaçadas de extinção.
Nos próximos 200 anos cerca de 815 espécies de mamíferos
serão levadas irreversivelmente à extinção, a menos que passem desde já a ser
geradas e preservadas em cativeiro. Para que isso dê certo os cientistas começam a apostar o futuro de
uma parte do reino animal em algumas técnicas como a inseminação artificial e a
criopreservação (congelamento) de esperma e óvulos. Mas os desafios não são
nada fáceis. Um dos maiores é a endogamia - cruzamento apenas entre membros de
um mesmo grupo - que tende a ampliar os defeitos genéticos, levando à morte
prematura ou à redução da fertilidade de muitos espécimes. O congelamento de esperma e óvulos em nitrogênio líquido tende a mitigar tais efeitos pelo cruzamento de animais de diferentes grupos. Além disso, quando há escassez de fêmeas numa espécie em extinção, embriões podem em alguns poucos casos ser implantados em fêmeas de espécies muito próximas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o óvulo de um gato do deserto indiano foi fertilizado em laboratório e gerado na barriga de um gato doméstico. Mas nem a melhor tecnologia terá condições de salvaguardar as espécies se não existir um hábitat para o qual os animais possam retornar.
Revista Super Interessante n° 028
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