Cientistas do Centro
de Pesquisas da IBM conseguiram escrever sobre um cristal de níquel as letras
IBM com 35 átomos de xenônio, cujo desenho mede 1,6 bilionésimo de milímetro.
Para mostrar que mesmo átomos microscópicos podem ser
movidos sobre uma superfície e colocados onde se deseja, dois cientistas do
centro de pesquisas da IBM da Califórnia fizeram com a sigla da empresa uma
proeza insólita. Com a ajuda de um microscópio de tunelamento eletrônico, uma
maravilha capaz de ampliar objetos mais de 500 mil vezes, eles conseguiram
escrever sobre um cristal de níquel as letras IBM com 35 átomos de xenônio, um
gás não reativo encontrado no ar. O resultado sem dúvida merece ser inscrito no
livro Guinness de recordes: um desenho que não mede mais de 1,6 angstrom, ou
inimaginável 1,6 bilionésimo de milímetro. Os cientistas, um americano, outro
alemão, precisaram de muita paciência e habilidade. Vinte e duas horas foram
gastas movendo a agulha de tungstênio do microscópio a fim de atrair, como um
ímã, sobre a superfície do metal, cada um dos átomos que formariam as letras.
Para que não escapassem, tiveram de ser congelados a uma temperatura de 269
negativos, marca não muito distante do zero absoluto. Foi mais que uma jogada
de marketing: os Cientistas pretendem aprimorar a técnica para aplicações em
transístores e em circuitos elétricos microscópicos de computadores cada vez
menores.
Revista Super Interessante n° 033
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