Pesquisadores descem a
6 000 metros de profundidade no Oceano Pacífico, nas proximidades do Japão, e
encontram animais e plantas desconhecidos do homem, além de uma descoberta
geológica importante: um redemoinho de água e terra que parece infiltrar-se subsolo
adentro.
Pela primeira vez, um pequeno submersível francês tripulado,
o Nautile, desceu pelas grandes fossas do Oceano Pacífico, revelando segredos
desse abismo. Foram encontrados animais e plantas desconhecidos, como peixes e
anêmonas, dotados de antenas e tentáculos, além de três novas espécies de
grandes moluscos parecidos com mexilhões. Sua fonte de alimento seriam os
hidrocarbonetos, como o metano, que emanam do leito oceânico. A 6 mil metros de
profundidade ao redor do Japão, onde se unem as três maiores fossas oceânicas
do globo, os pesquisadores fizeram também uma descoberta geológica importante:
um redemoinho de água e terra que parece infiltrar-se subsolo adentro.Segundo a teoria do movimento das placas tectônicas, a agitação faz desaparecer, ao ritmo de alguns centímetros por ano, grandes extensões de leito oceânico sob os continentes. Na fossa japonesa o torvelinho pode estar engolindo, ao que se supõe, grandes vulcões submarinos e roendo as entranhas do próprio arquipélago que forma o país. Se isso for verdade, o Império do Sol Nascente se tornará - dentro de milhões de anos, é claro - uma nova Atlântida.
Revista Super Interessante n° 033
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