Primeiro, é preciso esclarecer que nem sempre isso acontece.
"Nem todas as fraturas levam o cavalo ao sacrifício, apenas aquelas mais
graves, com exposição do osso, por exemplo. Fraturas pequenas ou trincas podem
ser perfeitamente tratadas", afirma o veterinário Rogério Passos, da
Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo. O sacrifício após esse tipo de
contusão costuma ocorrer com cavalos de corrida, que, em geral, sofrem fraturas
mais graves e ficam inutilizados para o esporte. O problema é que o tratamento
nesses casos é muito caro e trabalhoso. O custo de uma cirurgia, por exemplo,
pode chegar a 20 mil dólares e, mesmo operado, o animal nunca mais terá um
desempenho de primeira. Além disso, a cirurgia é tecnicamente muito complexa e
o pós-operatório, extremamente delicado. "Nos primeiros 25 a 30 dias, o
cavalo deverá ficar praticamente imóvel numa pequena cocheira e durante dois ou
três meses terá que usar talas e gesso. Para um animal de 550 quilos, é uma
tarefa muito difícil", diz Rogério. O risco de complicações atrapalha
ainda mais as coisas. Quando há uma fratura exposta, por mais que seja feita
uma boa limpeza do local machucado, é grande a possibilidade de ocorrer uma
infecção.
Revista Mundo Estranho Edição 25/ 2004
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