A hipótese mais aceita é que a expressão simplesmente
descreve o modo de os índios andarem enfileirados pelas trilhas no meio da
mata. Portanto, "indiana", no caso, não tem nada a ver com os
moradores da Índia, mas sim com as populações nativas das Américas. Caminhar em
fila indiana era uma excelente estratégia de guerra para as tribos da América
do Norte. Relatos históricos registram que, quando os guerreiros se deslocavam
pelo meio da floresta, cada um pisava na pegada da pessoa da frente, para que o
último homem apagasse seus próprios passos e os de todo o grupo. Assim, ninguém
deixava vestígios de sua passagem para o inimigo.
Alguns especialistas
apontam ainda que a expressão revela a discriminação sofrida pelas populações
indígenas nos Estados Unidos. "Na verdade, trata-se de mais um rótulo
criado pelos colonizadores para passar a impressão de que os índios são
selvagens sempre prontos para a guerra", diz o linguista Wolfgang Mieder,
especialista em folclore e provérbios da Universidade de Vermont, nos Estados
Unidos. Entretanto, a história mostra que as estratégias indígenas de guerra
foram incorporadas pelo Exército americano durante a Guerra da Independência
(1775-1783). Enquanto os soldados ingleses atacavam em blocos, os americanos
levavam vantagem andando alinhados e se escondendo atrás de árvores e pedras,
como faziam os nativos.
Revista Mundo Estranho Edição 16/ 2003
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