A resposta está na evolução das espécies, mas antes é
preciso esclarecer que os pingüins não vivem exatamente no Pólo Sul e sim em
regiões costeiras do continente antártico. Os cientistas acreditam que a
presença dessas aves de andar engraçado no hemisfério sul está relacionada a um
evento ocorrido há 175 milhões de anos. Até então, nosso planeta tinha um único
bloco de terra rodeado por água. Com a separação dos continentes, a população
de aves aquáticas, que vivia mais ou menos unida, também se dividiu e, com o
passar do tempo, elas foram se adaptando melhor à região em que ficaram. O
curioso é que, embora os pingüins não vivam no Pólo Norte, existia por lá uma
ave muito parecida com eles chamada alca-gigante, hoje extinta.
Já o urso-polar é
descendente direto do urso-pardo, um grande mamífero que só se desenvolveu no
hemisfério norte. Os ursos-polares dependem da água gelada para sobreviver e,
como os oceanos nunca tiveram uma temperatura congelante do norte ao sul do
planeta, eles não puderam migrar rumo à Antártida. Se isso acontecesse um dia,
eles teriam uma grata surpresa: dividiriam seu hábitat com milhares de
pingüins, que, fatalmente, acabariam se tornando uma de suas presas favoritas.
Revista Mundo Estranho Edição 16/ 2003
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