Chester e bruster são nomes comerciais de frangos com grande
concentração de carne no peito e nas coxas. Ambos são resultados de um
melhoramento genético de frangos, obtido a partir de seguidos cruzamentos entre
fêmeas e machos selecionados. É bom deixar claro que essa técnica é bem
diferente da utilizada para se obter um produto transgênico - que consiste na
manipulação artificial dos genes de várias espécies e não na seleção de
cruzamentos. O chester, vendido desde o início dos anos 80, foi desenvolvido a
partir do cruzamento de diferentes linhagens de aves da espécie Gallus gallus,
de origem escocesa. Nas coxas e no peito estão concentrados 70% de sua carne,
que também tem baixo teor de gordura, resultado da dieta dessas aves, baseada
em milho e soja.
O bruster vem do
cruzamento de aves de uma linhagem chamada Ross. "O mapa genético do
bruster, assim como o do chester, é mantido em sigilo porque senão qualquer
pessoa poderia produzir essas aves", afirma o veterinário Luiz Alberto
Conte, gerente de um dos grandes frigoríficos do Brasil que comercializa tais
carnes. Assim como o chester, o bruster recebe alimentação exclusivamente
vegetal, sem aditivos. O manejo desses dois tipos de aves também é especial.
Enquanto um frango normal é abatido após 44 dias de vida, pesando cerca de 2,5
quilos, um bruster fica até 60 dias na granja, atingindo 3,6 quilos. Já o
chester vive por 62 dias e alcança 4,3 quilos, em média.
Revista Mundo Estranho Edição 16/ 2003
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