Apesar de sua presença milenar depois das refeições, os especialistas fazem ressalvas ao uso do palito. "Além de machucar a gengiva, ele empurra a sujeira para dentro do espaço entre os dentes. Com isso, os restos de alimentos acabam fermentando e podem causar infecções", diz o dentista Pedro Duarte, da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, em São Paulo. Portanto, o ideal é não usar, mas se o desejo de palitar for irresistível, o mais recomendável é ir para a frente do espelho e ser bem delicado para não causar nenhum estrago.
Só o produto é simples
Sofisticado processo industrial inclui serras, lâminas e lixas.
1 - A preparação dos palitos começa na derrubada das árvores. Para que a madeira possa ser processada pelo maquinário industrial, cada tronco é dividido em blocos menores, medindo 2,4 metros de comprimento e com um diâmetro de 30 a 50 centímetros.
2 - Na fábrica, os troncos já divididos passam por uma serra quádrupla (que corta em quatro pontos) e cada um deles vira cinco toras de 41 centímetros. Em seguida, as toras vão para um torno, onde duas garras as prendem pelas extremidades e as fazem girar. Ali, elas são descascadas por uma lâmina como se fossem um rolo de papel higiênico.
3 - A madeira que sai do torno é uma lâmina de 2,4 milímetros de espessura, 41 centímetros de largura e 2 metros de comprimento. Na etapa seguinte, uma esteira leva essa lâmina para uma câmara aquecida, que mantém a madeira seca para facilitar o corte dos palitos.
4 - Depois de seca, a madeira é retalhada várias vezes por uma guilhotina múltipla. Primeiro, o aparelho corta a lâmina em retângulos de 9 centímetros de largura e 41 de comprimento. O segundo corte transforma cada retângulo em 36 varetas de 2,2 milímetros de espessura, a mesma dos palitos que você usa.
5 - No terceiro e último corte, as varetas são serradas em palitos com 6,5 centímetros de comprimento. O passo final é afiar as duas extremidades deles numa lixa giratória dupla. A partir daqui os palitos de dente estão prontos para ser embalados.
Revista Mundo Estranho Edição 14/ 2003
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