Lendo com atenção as copiosas anotações deixadas pelo
supercriativo Leonardo da Vinci (1452-1519), pesquisadores ingleses descobriram
mais um motivo para se tirar o chapéu ao genial artista e inventor. Ele teria
sido o primeiro a identificar, como próprios de uma doença específica, os
sintomas da devastadora moléstia conhecida desde 1917 como mal de Parkinson. De
fato, numa das 6 mil páginas de notas sobre o tema tão diversos como Balística
e Botânica, Da Vinci registrou: “O problema aparece claramente nos paralíticos,
cujas mãos, braços e cabeça se movem sem a permissão do espírito, que, com toda
a sua força, não impede a tremedeira”. Embora esteja longe de ser uma descrição
completa da doença, o texto sugere que aos olhos atentos de Da Vinci não
escapou a combinação peculiar dos tremores com a enorme dificuldade de
movimentos, quase uma paralisia, característica do mal de Parkinson, que nos
primeiros estágios costuma se confundida com o processo normal de
envelhecimento.
Revista Super Interessante n° 024
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