Entretanto, o único jeito de eliminar de vez o problema é usar fibras sintéticas, como as de náilon ou de poliéster, que são bem mais estáveis e possuem mais maleabilidade. A desvantagem é que as fibras sintéticas não são macias como os tecidos naturais. Para reduzir o desconforto, vários fabricantes misturam fibras naturais e sintéticas na mesma peça. É o caso das roupas do tipo Lycra, que fundem algodão com elastano. "Imagine que uma blusa feita com esses dois tecidos tenha encolhido, digamos, 5% na largura. Se o elastano permitir que a roupa estenda cerca de 35%, ela volta normalmente ao tamanho que tinha antes", afirma Paulo.
Estica e puxa
Na primeira lavagem, as fibras estiradas artificialmente se reaproximam.
Redução natural
Roupas feitas com algodão, por exemplo, saem da fábrica com as fibras estiradas. Nessa situação, suas moléculas deslizam umas sobre as outras, repuxando toda a estrutura. Depois de lavadas, as fibras tendem a voltar ao seu estado natural, com as moléculas mais juntinhas. O resultado é que as roupas acabam encolhendo. A mesma coisa acontece com todos os outros tecidos naturais, como linho e lã, e alguns artificiais, como viscose e raiom.
Imunidade sintética
Tecidos sintéticos como o náilon ou o poliéster praticamente não encolhem. O segredo é que esses tecidos se comportam basicamente como plásticos: suas fibras são construídas a partir de derivados do petróleo e podem facilmente ser moldadas na fábrica. Mais maleáveis e estáveis, as roupas de tecidos sintéticos chegam ao guarda-roupa com um tamanho já fixado. Seu encolhimento é desprezível, mas elas são bem menos macias que os tecidos naturais.
Revista Mundo Estranho Edição 14/ 2003
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