Estruturas semelhantes aos chifres dos bois, os cornos, que
lembram duas anteninhas, são usados pelos machos para atingir os adversários
quando eles lutam entre si, trocando cabeçadas e pescoçadas. Já para as fêmeas
essas estruturas não têm utilidade nos dias de hoje, uma vez que elas não se
metem em brigas. "No passado remoto, os cornos estavam associados a um
mecanismo de defesa: eram empregados pelas girafas para se defender de
predadores. Mas, com o passar do tempo, perderam essa função. Hoje, o único
predador da girafa é o leão, combatido com violentos coices", afirma a
bióloga Kátia Cassaro, da Fundação Zoológico de São Paulo. Ao contrário dos
chifres, que são trocados periodicamente, os cornos são para toda a vida.
"Eles são um prolongamento do crânio e se quebrarem não nascem mais",
diz Kátia.
Conhecidos
cientificamente como ossicones, eles são formados de pedaços de ossos
recobertos por pele e podem chegar a medir até 13,5 centímetros. O curioso é
que, quando as girafas envelhecem, depósitos de cálcio se acumulam no alto da
cabeça, dando a impressão de que ela ganhou novos cornos.
Revista Mundo Estranho Edição 14/ 2003
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