Qualquer um que destruiu o radinho de pilha do pai para
"ver como funciona" já deu os primeiros passos em engenharia reversa.
Ela consiste em pegar um produto já acabado e examiná-lo, desmontando peça por
peça, para descobrir como foi feito. A idéia é reproduzi-lo da melhor maneira
possível, mesmo sem ter acesso às instruções e instrumentos do fabricante
original. "A engenharia reversa é a principal atividade dos departamentos
de desenvolvimento de produtos de todas as grandes empresas multinacionais. No
Brasil, por exemplo, os fabricantes de televisores mantêm uma vistoria
permanente nos aparelhos dos concorrentes", diz o engenheiro Javier
Ramírez, da USP. Espiar o quintal do vizinho é, afinal, mais rápido e barato
que reinventar a roda e basta alterar um pouco o processo de fabricação para
não ter que pagar por uma tecnologia patenteada, prática que leva a grandes
discussões judiciais.
Até o fim da Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), o Japão adquiriu muito da sua tecnologia utilizando
engenharia reversa em produtos americanos e alemães.
Revista Mundo Estranho Edição 7/ 2002
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