É a fusão nuclear de átomos de hidrogênio, a mesma fonte de
energia de muitas bombas atômicas. Essa fusão acontece no núcleo do Sol, onde
há uma pressão 10 mil vezes maior que no centro da Terra. Apertados, os átomos
dessa parte da estrela se unem: cada quatro átomos de hidrogênio formam um de
hélio. Só que essa conta não é tão precisa assim, pois o quarteto de hidrogênio
tem uma massa 0,7% maior que a do hélio. Parece uma migalha, mas é justamente a
sobra de matéria desse processo de fusão que se transforma em luz e calor.
"A cada segundo, 4,7 bilhões de toneladas da massa do Sol são convertidas
em energia", diz o astrônomo Roberto Dias da Costa, da USP. Isso ocorre há
mais de cinco bilhões de anos e vai durar outro tanto, até que acabe o estoque
de hidrogênio do núcleo. O Sol buscará, então, energia nas suas camadas mais
superficiais, tornando-se uma estrela do tipo gigante vermelha. Será um
desastre para nós, pois ele se expandirá a ponto de engolir a Terra.
Depois, ao entrar
numa espécie de terceira idade espacial, o astro não vai suportar o crescimento
do seu próprio peso, acabará se contraindo e, por fim, vai virar uma anã branca
- um tipo de estrela pequena, quase do tamanho da Terra. Com o calor que sobrar
dos tempos de juventude, o Sol continuará brilhando fraquinho, até apagar de
vez!
Panela de pressão estelar Da união dos átomos de
hidrogênio nascem a luz e o calor do Sol
1. No centro do Sol,
por causa das altas temperaturas da estrela, a pressão é milhares de vezes
maior que no centro da Terra.
2. Pressionados, os
átomos de hidrogênio se unem e viram hélio. A soma de cada quatro átomos de
hidrogênio, porém, gera uma massa um pouco maior que a de um átomo de hélio. É
essa sobra que se transforma em energia.
Revista Mundo Estranho Edição 7/ 2002
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